O vereador Carlos Alberto Soares da Silva (PTB), o Carlão, está alertando que um dos mais importantes patrimônios históricos de Penápolis pode acabar se urgentes cuidados não forem tomados pela Administração Municipal. Trata-se do cemitério de desbravadores mortos em 1886, que passa por completo abandono. O espaço, em propriedade rural na Rodovia Assis Chateaubriand (perto do Colégio Agrícola), e tombado por decreto como patrimônio histórico na gestão 93/96 do prefeito Alidino Valter Bonini, está cercado por plantação de cana e ainda tem no seu interior um grande matagal. Carlão diz que numa queimada da cana o patrimônio pode ser destruído. “É a primeira vez que ocorre o plantio de cana nessa área. Esse cemitério tem um valor histórico enorme. Ali é um registro do começo de tudo da nossa cidade e região”. Segundo levantamento de Carlão, o decreto de tombamento do cemitério como patrimônio histórico dispõe uma área de preservação com entorno de 5 mil metros. Pelo ato oficial, a propriedade rural pode ser até vendida, mas com conservação do cemitério, cercado por um muro e identificado por placa. Estão enterrados no local 11 desbravadores mortos em conflito com índios caigangues: José Hilário Paulino, Joaquim Carlos de Castilho, João Mendonça, Francisco Mendonça, José Martins, João Honório, José Pinto Caldeira, Francisco Pires, João Pinto Caldeira, Manoel Pereira e José Pinto Sobrinho.
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