A diretora do Museu da Chácara do Céu, Vera de Alencar, informou hoje que não existem resquícios de telas queimadas nas molduras encontradas pela Polícia Federal ontem no morro dos Prazeres (Santa Teresa, zona central do Rio), segundo a análise realizada por peritos do museu. As molduras encontradas pertenciam às telas de Picasso, Matisse e Monet.
A diretora temia que as obras tivessem sido danificadas porque a PF encontrou molduras queimadas. O delegado Deuler Rocha, da PF, esclarece que a perícia da PF ainda não foi concluída.
Durante o dia, a PF realizou buscas em 9 locais no Estado do Rio de Janeiro, mas as telas não foram encontradas. A perícia e a reconstituição do crime confirmaram a versão dos funcionários do museu, mas apresentaram "leves incongruências" que poderão fornecer novas pistas para a investigação.
Segundo o delegado, a aparição de uma das obras roubadas, o quadro "Jardim de Luxemburgo" (1903), de Henri Matisse, num site russo especializado em leilões virtuais durante quatro horas foi apenas "para confundir, para desviar o foco".
O delegado afirma que o histórico mundial mostra que a recuperação de obras de arte roubadas leva tempo. Ele disse, no entanto, que as buscas vão continuar no sábado (04). O delegado destacou que a população tem participado por meio do Disque Denúncia, mas que até agora não apresentou nenhum dado conclusivo.
O francês Michel Cohen, procurado pela Interpol (Polícia Internacional) pela comercialização de quadros roubados é um dos suspeitos. Segundo a polícia, ele é foragido nos Estados Unidos e também de um presídio do Rio.
Apesar de não descartar a hipótese, o delegado afirma que Cohen tem um padrão de atuação mais sofisticado do que o verificado no roubo do museu. "Ele é mais próximo do Thomas Crown - A Arte do Crime. O grau de refinamento desse cara não é o praticado no roubo do museu", disse.
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Museu descarta destruição de telas roubadas no Rio