Fiéis de Rio Grande da Serra vão angariar recursos para reconstruir o teto da Igreja Matriz São Sebastião, que desabou na madrugada da última sexta-feira. Parte da estrutura de ferro que sustentava o telhado apresentava pontos de ferrugem e não possuía pilares de sustentação. A paróquia foi construída há 27 anos e, desde então, não havia passado por reformas.

De acordo com o padre Joaquim de Souza, 46 anos, em dias de chuva forte surgiam pontos de infiltração de água nas paredes. Ele diz ter percebido que no final da tarde do dia anterior ao desabamento uma das extremidades do teto começou a ruir. “Tirei algumas placas (de isopor) para olhar e percebi que a treliça tinha envergado. Ia comunicar a Prefeitura e os bombeiros no dia seguinte, mas infelizmente o teto caiu de madrugada. Acordei assustado. O barulho foi muito forte. Parecia um terremoto”, disse o padre que mora nos fundos da igreja.

O teto ruiu do centro para uma das laterais da igreja. O prédio, de cerca de 500 m², foi interditado pela Defesa Civil do município. Desde então, as missas – que reúnem aos sábados e domingos cerca de 500 pessoas – estão sendo realizadas no salão paroquial.

Segundo o padre, a Prefeitura se comprometeu a buscar parceiros na iniciativa privada que possam contribuir na elaboração de um projeto de recuperação do prédio. “Também vamos promover festas. A comunidade sempre participa e já está se mobilizando. Acredito que em oito meses o telhado estará pronto.” O religioso diz não ter idéia do quanto será gasto na reconstrução da cobertura.

Enquanto se articulam para reconstruir o teto da igreja, os fiéis acompanham o início das obras de restauração da capela de São Sebastião – padroeiro da cidade –, construída em 1.522.

De acordo com o coordenador do projeto, Gilmar Miranda, a restauração será feita por meio de uma parceria entre a as prefeituras da cidade, do município de Santana de Parnaíba e o Senai (Serviço Nacional da Indústria) de Minas Gerais. O convênio foi assinado no último dia 20.

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