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Três Barras/SC: Incêndio em prédio de Três Barras foi provocado
Correio do Norte
janeiro/2006
 
Está descartada a possibilidade de que um curto-circuito tenha provocado o incêndio no prédio que sediou no início do século 20, o Hotel América, em Três Barras. O incêndio aconteceu na madrugada de 30 de outubro passado.
Segundo perícia realizada pelo perito da Polícia Militar de Blumenau, Luiz Henrique Kirch, o incêndio foi provocado por uma ou mais pessoas.

Um inquérito aberto pela Polícia Civil de Três Barras irá ouvir os possíveis interessados no incêndio. O primeiro passo é identificar o culpado, em seguida, descobrir se o incêndio foi doloso - quando se comete o crime planejadamente – ou culposo – quando se comete o crime por imprudência.

A hipótese de que um curto-circuito teria provocado o incêndio foi descartado logo no início da perícia. Desde 2004, por ordem do dono da propriedade, empresário Darcy Guebert, a energia elétrica do prédio foi cortada pelo Celesc.

Em seu depoimento, Guebert disse que havia visto velas e cobertores dentro do prédio, o que atribui possivelmente a mendigos.

Moradores da rua, no entanto, enfraqueceram a tese de que o incêndio foi causado por alguém que estivesse dormindo no prédio, dizendo que nunca viram nenhum mendigo entrando na propriedade.

A perícia concluiu que o incêndio iniciou diretamente na madeira. Embora um exame laboratorial não tenha sido feito, há indícios de que não foi usado material inflamatório.


PROPRIETÁRIO QUER VENDER O TERRENO


Pouco depois de realizada a perícia, Guebert mandou limpar a área e colocou o terreno à venda.

Segundo a turismóloga Viviane Bueno, que há anos lutava pelo tombamento histórico do prédio, a atitude de Guebert pode lhe render muita dor de cabeça. “Se a perícia quiser ver mais algum resquício do incêndio, não poderá, isso é considerado uma infração”, explica.

Viviane diz que o assunto ganhou tamanha repercussão que o Governo do Estado está interessado em esclarecer o incêndio. A perícia realizada pelo técnico de Blumenau foi feita a pedido do o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), que pouco antes do incêndio estava interessado em patrocinar a restauração do prédio.

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