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Maceió/AL: A beleza escondida no centro de Maceió
Carla Serqueira. GazetaWeb.com
dezembro/2005
 
Patrimônio da União cai aos pedaços na Rua do Comércio

Só quem se dispõe a caminhar olhando para o alto pode ver a beleza que tem o centro de Maceió. Em todas as ruas, casarões e sobrados sustentam a sua história e, por meio da arquitetura, remontam ao desenho de suas origens. Diante de seu valor histórico, em 1997 o Centro foi reconhecido como Zona de Proteção Rigorosa. Hoje, prestes a ter seu mais novo piso inaugurado, é nas paredes que estão as marcas do abandono.

Não é difícil flagrar fachadas em completa degradação. Entre os prédios antigos da Rua do Comércio, o que mais chama a atenção, tanto pela beleza como pelo abandono em que se encontra, é um sobrado de dois andares, o único no Centro coberto por azulejos portugueses. Ele data do início de 1900 e é hoje patrimônio da União, sob a responsabilidade do município.

Edvaldo Peixoto da Silva tem 22 anos e desde os dez comercializa aparelhos eletrônicos. Certo dia, após uma manhã chuvosa, um pedaço do prédio acertou em cheio a sua cabeça. “Pensei que fosse algum trombadinha, mas reconheci os detalhes da cerâmica”, conta. Após o acidente, ele mudou de calçada. “Canso de ver turistas lamentando o seu estado quando o percebem. Falaram em restaurar, mas até agora, nada”, comenta Edvaldo.

O sobrado, segundo Paulo de Tarso, membro da Gerência Regional do Patrimônio da União em Alagoas, foi cedido para o município há cerca de quatro anos. A intenção da prefeitura era alojar a Procuradoria Geral do Município lá. “Mas eles não fizeram a restauração. O prefeito mudou e até agora não encontramos solução para ele”, diz.

Existe um projeto para recuperar o prédio, concebido pela coordenadora-geral do Patrimônio Histórico de Maceió, a engenheira Gardênia Caetano, a mesma profissional que assina as obras de requalificação do Centro. “Ainda estamos discutindo a função que ele terá”, diz, sem revelar maiores detalhes. “O grande problema é a verba. O prédio está destruído e qualquer restauração não custa menos de R$ 1 milhão”, observa ela.

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