Preocupado com a falta de registros da história de Porto Calvo, um grupo de moradores da cidade começa a reunir peças para a formação de um acervo destinado ao Museu Calabar. O resgate do personagem alagoano que teve sua trajetória deturpada pela versão oficial é considerado ponto de honra. Para tanto, tentam articular com órgão públicos e entidades culturais ações que resultem na recuperação de relíquias, na instalação do museu e retomada da auto-estima da comunidade por meio do conhecimento do seu passado.
Liderados pelo empresário Adelmo Monteiro, 48, dono de uma casa lotérica, empresários e profissionais liberais formam um reduzido grupo de pessoas que está aos poucos recolhendo peças que contam o passar do tempo na localidade considerada por alguns historiadores como a mais antiga de Alagoas.
Polêmicas à parte, certo mesmo é que muitos objetos não se encontram mais na cidade. Alguns estão expostos em casas culturais de Maceió e do Recife, outros foram vendidos ou simplesmente doados para visitantes e colecionadores de arte da Bahia e do Rio de Janeiro, por exemplo.
Monteiro arruma sobre uma mesa em sua casa o que já conseguiu reunir para um dia expor ao público. São pedaços de tijolos pequenos, de cor amarelada, balas de canhão, moedas e um par de utensílios de cozinha, uma colher e um garfo com o símbolo do governo holandês, um cata-vento, e outra peça que ainda não se descobriu o uso. “Parte desse material foi doada por pessoas daqui mesmo e alguns eu mesmo consegui”, comentou com uma ponta de satisfação, convidando para ver outras investidas do grupo.
Para ler o artigo na íntegra, clique: De peça em peça, grupo tenta reconstruir história
|