O Mosteiro de Tibães em Braga recebe no próximo sábado a visita da Ministra da Cultura e do Arcebispo de Braga para a apresentação pública do projecto de recuperação e reabilitação do Noviciado, Ala Sul e Claustro do Refeitório, para inauguração do módulo expositivo de acompanhamento da obra e também para apresentação pública de um livro sobre o Mosteiro da autoria do professor de arqueologia da Universidade do Minho, Luís Fontes.
Segundo a directora do Mosteiro de Tibães, "o reconhecimento de que a antiga Casa Mãe da Congregação Beneditina portuguesa é um património constituído simultaneamente por um edificado e por uma mundividência espiritual, cultural e económica, está subjacente ao seu programa de reuso". Assim, Aida Mata defende "o fomento da utilização do espaço em si com os interiores afectados e reafectados a funções religiosas, culturais e museológicas".
O novo projecto de recuperação vai contemplar o claustro do refeitório, o refeitório, a cozinha, os fornos, a adega e o lagar, espaços construídos e reconstruídos ao longo dos séculos XVII e XVIII, "partes integrantes dos percursos de visita que nos falam do cerimonial monástico ligado à refeição"; o Noviciado construído entre 1617 e 1619, e que acolhia, durante um ano, os noviços e tinha 18 celas, casa do capítulo, casa do oratório, cela de mestre e duas celas para hóspedes; o Hospício, espaço monástico onde os hóspedes comiam acompanhados pelo Abade e a Livraria que ocupa um lugar nobre no Mosteiro e que data de 1704, tendo depois sido reconstruída na segunda metade do século XVIII. Chegou a ter cerca de 12 mil volumes e a ser classificada como a melhor que se encontrava em todas as comunidades religiosas da província do Minho.
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