Romeu Duarte, diretor do Iphan no Ceará, revela que não há intenções oficiais de tombar a estrutura total da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção - edificação histórica que deu origem e dá nome à cidade. Ainda assim, o órgão federal está às voltas com o processo de tombamento dos contrafortes da edificação.
Dali, a cidade partiu. Para a urbanização, crescimento e modernização, de 1726 para cá. A Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção é o ponto de partida. Embrião de uma urbe em processo de construção contínua hoje. A indefinição dos espaços urbanos da capital cearense se afina com o descaso da memória coletiva da população em relação à edificação que batizou a cidade. Não há nenhum projeto de preservação da estrutura total do forte. Segundo o diretor do Instituto do Patrimônio Histórico-Artístico Nacional (Iphan), Romeu Duarte, o conselho consultivo do Iphan deve votar um processo de tombamento dos contrafortes - grandes paredes voltadas à avenida Leste-Oeste - da Fortaleza ainda este mês.
O processo foi aberto há 44 anos e estava inconcluso. "A Fortaleza é fundamental para a compreensão da cidade e estava sem proteção até hoje, apesar do exército atuar por ali", ressalta Duarte. A instrução do tombamento foi elaborada pelo professor José Liberal de Castro, arquiteto vinculado ao Iphan.
Será o sexto bem tombado pelo órgão federal. Na relação atual, constam o Theatro José de Alencar, Solar Carvalho de Mota, Museu do Ceará e Passeio Público, no Centro; e Casa José de Alencar, em Messejana. "Vamos fazer obras de estabilização e conservação da Casa de José Alencar, já nesta semana. Através da Prodetur, também haverá conservação do Museu e do Passeio Público", situa o diretor do Iphan.
Para ler o artigo na íntegra, clique: Proteção à Fortaleza
|