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Santos/SP: Prefeitura fará ampla intervenção urbanística na área do Mercado
Prefeitura Municipal de Santos
abril/2006
 
A festividade de inauguração do escritório da Administração da Região Central Histórica no 2° piso do Mercado Municipal, no último sábado (1º), teve como ponto alto o anúncio de um conjunto de obras para a revitalização urbanística da área do entorno do imóvel, além de intervenções nos blocos internos. Uma das novidades foi a assinatura de um decreto que amplia os usos comerciais e de serviços no Mercado, o que deverá atrair novos investidores e consumidores.

A primeira etapa de obras previstas no estudo ocorrerá no próprio prédio do Mercado ainda este ano, com a construção de passarela no vão central, unindo os blocos do 2° piso, e ampliação dos mezaninos para instalação de bares e restaurantes panorâmicos em cada ponta do prédio.

O estudo de renovação arquitetônica do conjunto de edificações e urbanística de praças, bacia e ruas do entorno será mais detalhado esta semana com os permissionários do Mercado e moradores da região. Os recursos para a obra, no valor de R$ 5 milhões, serão liberados pelo governo estadual, por meio do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dade).

Na área da bacia será construído um terminal de passageiros para o serviço de catraias, que diariamente transporta 5 mil pessoas entre Santos e Vicente de Carvalho, na parte central, facilitando o acesso dos passageiros ao Mercado. Construção de deck nas margens do canal, com bares e quiosques, ampliação da Praça Nagasaki, criação de bolsão com cem vagas para estacionamento de veículos são outras benfeitorias previstas.

Além da atração de negócios, o processo objetiva proporcionar mais qualidade de vida aos moradores e geração de empregos, integrado ao programa do governo estadual de substituição dos cortiços por habitações dignas.

APROVAÇÃO
A permissionária Odete Ferreira considerou positiva a instalação do escritório no Mercado, assim como a assinatura de decreto, que visa atrair outros tipos de comércio para o equipamento. “Os comerciantes vêm sofrendo muito com a fuga de consumidores para supermercados e com a degradação do bairro. A participação do poder público é fundamental para mudar essa situação”.

Segundo Cristiane Caruso, que preside a comissão de permissionários do Mercado, com a Prefeitura mais próxima dos comerciantes e dos moradores os problemas serão solucionados com rapidez. “A regional é um grande passo e torço para que o programa Alegra Centro chegue o mais breve possível a esta região tão carente”.

A opinião foi endossada pela líder comunitária Vandete da Costa Silva, idealizadora da Ong Pérola, que atende crianças e adolescentes. “É o poder público mais perto da gente. E o que precisamos é unir forças”.

NOVOS USOS
A ocupação de boxes vagos, permitindo novos usos na área comercial e de serviços no Mercado tem significado fundamental para atração de novos consumidores, segundo Cristiane Caruso. “Hoje há 23 boxes vazios no mezanino, 11 no bloco central e 20 nas alas laterais”.

O mercado poderá abrigar, a partir de agora, bares, cafés, casas de chá, lanchonetes e restaurantes; além de sapateiros, costureiros, conserto de eletrodomésticos e venda de roupas. Para facilitar a vinda de investidores, a Prefeitura está estudando uma fórmula legal mais simples para ocupar os espaços vagos, bem como os novos criados com a reforma.

O decreto também contemplou a instalação de agência completa dos Correios e do Infocentro, unidade de inclusão digital que integra o Programa Acessa São Paulo, do governo estadual. Os dois serviços vão funcionar nas laterais do Mercado, com acesso externo, a partir de junho.

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