Três anos depois de ser destruída por um incêndio, a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, em Pirenópolis (GO), terá os seus sinos tocando no Natal. A estrutura foi construída no século XVIII e é a mais antiga do Estado. A mistura entre colonial e barroco - forjada pela técnica de construção em taipa de pilão (barro cru) dos escravos africanos, mesclada com as estruturas em madeira dos colonizadores portugueses - fez do templo um dos maiores patrimônios arquitetônicos da região Centro-Oeste.
O incêndio, que arruinou quase completamente a Matriz, aconteceu em setembro de 2002. A obra de restauro, que começou em novembro de 2003, está na fase de acabamento. A Matriz será reinaugurada, 275 anos depois da sua construção, em março de 2006. Os novos sinos - um com 295 kg e outro com 37 kg - e o relógio da igreja foram fabricados artesanalmente em Uberaba (MG). Eles funcionarão sincronizados e as badaladas poderão ser ouvidas, de hora em hora e em quartos de hora, a partir deste Natal. Mas a grande novidade da “nova” Nossa Senhora do Rosário é fruto de uma ironia da história.
Edificada entre 1743 e 1757, a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos foi construída a poucos metros da Matriz, por escravos que habitavam a região. Sem as jóias e o ouro que os portugueses empregaram na ornamentação da igreja “dos brancos”, a Nossa Senhora do Rosário dos escravos recebeu um trabalho primoroso de entalhes e pinturas em madeira.
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