Voltemos ao evento promovido pelo Iphaep. Certamente, ele foi pensado, pelos profissionais que se dispuseram a realizar as palestras, como um espaço de discussão das várias propostas de integração entre a preservação do patrimônio e sua revitalização através do Turismo. No entanto, foi o desatino do diretor executivo do Iphaep, professor José Octávio de Arruda Mello, o que mais se destacou nos dois dias de trabalhos, interferindo na fala dos expositores, cerceando perguntas por parte do público ao final das palestras, modificando a ordem de apresentação dos convidados e, assim, desrespeitando suas agendas pessoais e, também, de quem havia se programado para assistir às apresentações.

Em outras palavras, se o evento trouxe ótimos momentos, mais por mérito dos expositores e de suas palestras - tais como as da professora Zélia Almeida, coordenadora do Prodetur-PB; da professora Cléa Cordeiro, presidente da PBTur; do arquiteto Cláudio Nogueira, da Comissão do Centro Histórico; da arquiteta Náhya Caju, coordenadora da Oficina Escola; e ainda da professora Fátima Chianca, museóloga e arquiteta da Fundação Casa de José Américo - sua organização e divulgação deixou muito a desejar e, acredito, muito dessa deficiência se deveu ao próprio Iphaep, que foge de uma ampla discussão sobre a preservação patrimonial em nosso Estado, bem como se furta a convocar para o debate entidades representativas e centros de pesquisa científica que não orbitam a esfera do poder público estadual e, por isso mesmo, estão alheios aos ranços de clientelismo que ainda sobrevivem em sua estrutura.

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