“O Asilo de Órfãos de Santos na engrenagem da cidade (1908-1931)” é o título do livro da psicóloga, professora doutora Marina Tucunduva Bittencourt Porto Vieira, que será lançado no próximo dia 30 (sábado), às 15 horas, no Instituto Histórico e Geográfico de Santos (Avenida Conselheiro Nébias, 689). Fruto de sua tese de doutorado em Educação, a obra aborda a cultura escolar implantada no Asilo de Órfãos, atual Casa da Criança de Santos, no período de 1908 a 1931, e sua relação com as transformações sofridas pela Cidade.
As mudanças no asilo, verificadas pela professora, foram desencadeadas pela entrada do engenheiro da Companhia Docas de Santos, Victor de Lamare, na diretoria da Associação Protetora da Infância Desvalida. Em 1909, foi aprovado um novo regimento interno e, com isso, introduzido o ensino seriado e a educação doméstica obrigatória para as internas. Se, a princípio, o asilo possuía como única função acolher e proteger crianças desvalidas, na nova fase somou-se a isso a intenção de prepará-las para ocupar a nova cidade.
O livro inicia-se com a descrição das transformações na cidade relacionadas com a escolha de seu Porto para o escoamento do café produzido no Estado de São Paulo, seguido da apresentação de um grupo de intelectuais da área da educação. A obra finaliza abordando as mudanças promovidas na gestão e na educação dos internos no Asilo de Órfãos, a partir das ideias compartilhadas por estes intelectuais. As principais fontes da pesquisa foram as atas da Associação Protetora da Infância Desvalida.
A professora Marina Tucunduva leciona nos cursos de Psicologia, História, Matemática, Letras, Pedagogia, Ciências Biológicas e Filosofia da UNISANTOS.
