Egresso do curso de História da UNISANTOS, Odair José Pereira é o autor do livro “Não Somos Bandidos”, fruto do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). No dia 18 de janeiro, a sua obra ganhou uma nova dimensão, pois será utilizada pela rede municipal de ensino de Guarujá. Em visita à cidade, o historiador foi recebido na Secretaria Municipal de Educação e doou 50 exemplares para as escolas municipais.
O livro de Odair Pereira foi lançado em 2017 por meio do Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo (ProAC), da Secretária de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo. A sua pesquisa, orientada pela professora doutora Marina Tucunduva Bittencourt Porto Vieira, conta a história da escola de samba santista X9, nos seus dez primeiros anos de fundação (1944-1954), com destaque para a representatividade negra. A temática surgiu a partir do interesse do egresso pela música e pela história da Baixada Santista. Segundo o historiador, a vontade de falar sobre algo fora da sua zona de conforto, mas que englobasse questões relacionadas à produção cultural das periferias foi decisiva para essa escolha.
LIVRO- Odair Pereira explica que a ideia de transformar a sua pesquisa em livro surgiu depois de se familiarizar com os editais culturais. Com auxílio do professor mestre Marcus Vinicius Batista, que colaborou com a edição e a publicação por meio da editora Ateliê das Palavras, ele comenta que a obra é uma pequena contribuição para a história Local. “Penso que o livro contribui para a formação de professores e alunos que ainda têm dificuldades em se enxergar como sujeito histórico e parte de uma sociedade que ajudamos a construir”, disse.
Atuando como professor em São Vicente, o egresso também fez questão de ressaltar a importância da UNISANTOS na sua formação. Ele ressalta que o curso forneceu todas as ferramentas necessárias para sua inserção no mercado de trabalho, além de contribuir para sua formação enquanto cidadão que percebe o mundo. “Sempre gostei de História, sempre tive essa angústia em entender e contar a história negra e o rap preencheu durante muito tempo esse espaço, mas o curso de História preencheu novas perspectivas sobre minha própria identidade”, finaliza.