“Cem anos de Paulo Freire: por um Estado Independente e radicalmente democrático”, esse foi o tema do segundo encontro da série de debates do programa “Bicentenário da Independência: Reflexões sobre a história e perspectivas para o futuro”. O encontro, realizado no dia 19 de outubro, teve como objetivo debater as ideias de um dos maiores pensadores da educação brasileira.
Participaram do debate dois estudiosos da ‘Obra Freiriana’, o docente do Programa de Mestrado e Doutorado da UNISANTOS, o professor doutor Alexandre Saul Pinto, e o docente do programa de Pós-Graduação da PUC de Minas Gerais, o professor doutor Teodoro Adriano Costa Zanardi.
PENSADOR – Coordenador da Cátedra Paulo Freire da UNISANTOS, Saul disse que falar no pensador implica em autonomia. Segundo o pesquisador, o diálogo freiriano prioriza a ordem social injusta com a convicção de que a transformação é possível. “Com o conflito trazemos diversas cargas e penso que vivemos um momento perigoso de ataques a democracia, é preciso uma leitura precisa para fortalecer ela”, destacou.
O professor Teodoro Zanardi comentou que falar do centenário de Paulo Freire é fazer diversas reflexões que vão de encontro com o momento histórico que estamos vivendo. Ele explicou que o debate freiriano voltou com mais intensidade e que as obras do pensador são necessárias para que possamos entender toda essa colonialidade existente na educação. “Negar o caráter político na educação é uma ingenuidade e precisamos mostrar para a juventude que o mundo não está errado, e sim mostrar o caminho das grandes conquistas como Freire destaca, porque quem liberta as pessoas é o próprio povo”, declarou.
Do curso de História da UNISANTOS, o professor doutor Leandro da Silva Alonso foi o responsável por mediar o evento que contou com a presença de estudantes, docentes e pesquisadores da Universidade.
