“Entremeios: uma nova relação porto-cidade em Santos”. Este é o tema do projeto dos estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo, Gabriel Souza Santiago, Fernando da Silva Torres, Julia Adrielli Alves Martins Bomfim e Leticia Regina de Oliveira Pereira, que conquistou a 3ª colocação no “17º Concurso CBCA para estudantes de Arquitetura 2024”. Promovido pelo Centro Brasileiro de Construção em Aço, o concurso de âmbito nacional teve como tema central: “Ação Contra a Mudança Global do Clima”.
As pesquisas recentes sobre a contaminação por microplásticos no estuário de Santos, além das implicações ocasionadas pela poluição petrolífera sobre a vida marinha, despertaram nos estudantes a necessidade da criação de unidades de pesquisa na região do Valongo, em complemento à concepção arquitetônica e urbanística que o trabalho apresenta.
Orientados pela professora doutora Kelly Yumi Yamashita, seriam criadas as seguintes áreas: Unidade de Pesquisa em Microplástico; Unidade de Reabilitação e Despetrolização da Vida Marinha; e Unidade Submersa de Observação do Estuário e Monitoramento de Moluscos. “A proposta busca encorajar uma nova relação/interação entre a água e seus habitantes, sem perder de vista objetivos de longo prazo que contribuam para a contínua conscientização socioambiental e para a mitigação dos impactos negativos do porto sobre o ambiente construído e marinho”, descrevem os estudantes no projeto.
PARECER – O júri foi formado pelos engenheiros Erika Ribeiro e Humberto Bellei, da comissão executiva do CBCA; pelos arquitetos Marcelo Consiglio Barbosa, da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA SP), Paola Ornaghi, diretora adjunta de formação e difusa do Instituto de Arquitetos do Brasil (SP), e Silvia Scalzo, presidente da comissão julgadora do #desafio Alacero; além do engenheiro Tomás Vieira de Lima, diretor de estruturas metálicas da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ABECE).
No parecer, eles destacaram: “Situado na orla da cidade o projeto faz múltiplas referências ao porto, seus guindastes e suas estruturas. O projeto adota um percurso para suas instalações que podem ocupar o mangue, o estuário e o mar. As instalações estão alinhadas com o tema das mudanças climáticas e ações para seu enfrentamento, como a poluição causada pelo petróleo e por microplásticos. As edificações propostas formam um interessante percurso físico e narrativo. Apresentação muito bem cuidada”.