O Laboratório de Psicofisiologia da UNISANTOS acaba de receber um amplificador de eletrofisiologia, com quatro canais para eletrocardiograma e eletroencefalograma. Este é o primeiro módulo de equipamentos que integram o Projeto “Prevenção do Acidente Vascular Cerebral por meio da estimulação não invasiva do nervo vago: um ensaio piloto randomizado controlado”, do professor doutor Edgar Toschi Dias, do Programa de Mestrado Profissional em Psicologia, Desenvolvimento e Políticas Públicas. A inciativa tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP.
PARCEIRIAS – Viabilizado a partir da parceria com centros de pesquisa da Università Degli Studi di Milano, na Itália, da Universidade de Leicester, na Inglaterra, e com o Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, o projeto visa identificar um protocolo de Neuromodulação com efeito clínico. Chamado de estimulação não invasiva do nervo vago, tem o objetivo de controlar a variabilidade da pressão arterial. “Pretendemos minimizar o risco de pessoas que têm alta probabilidade para acidente vascular cerebral. São aquelas que sofrem um ataque isquêmico transitório, o que acende um sinal de alerta para um futuro acidente vascular cerebral”, diz o professor Edgar Dias.
Atualmente, já existem estudantes de iniciação científica do curso de Psicologia e do Programa de Mestrado em Psicologia que utilizam o Laboratório de Psicofisiologia. Com a chegada do primeiro módulo e, na sequência, os demais, a perspectiva é de que novos estudos irão surgir. Esta é a expectativa do professor Edgar Dias que acredita na possibilidade de pesquisas interdisciplinares, uma vez que os equipamentos permitem o desenvolvimento de estudos com vários cursos da área da saúde.
O INÍCIO – Graduado em Psicologia e doutor em Cardiologia, o professor Edgar Dias buscou uma integração entre as áreas para novas pesquisas. Foi assim que surgiu o projeto aprovado pela FAPESP. Depois de cursar pós-doutorado na Università Degli Studi di Milano, ele realizou estágio de dois meses na Universidade de Leicester, na Inglaterra. Foi a aproximação com a área da neurologia que o levou a trabalhar com hemodinâmica encefálica. A partir daí surgiu a ideia da pesquisa na prevenção do Acidente Vascular Cerebral.
