“Valorização do conhecimento docente“ foi o tema da palestra do professor doutor Francisco Imbernón Muñoz, da Universidade de Barcelona, no dia 16, durante a XVI Mostra de Pesquisa em Educação. Autor de diversas obras sobre alternativas pedagógicas, ele destacou que para a preparação de um professor é preciso conhecimento científico, técnico, cultural, além da dimensão pessoal e conhecimento pedagógico, sem esquecer de uma boa relação com os estudantes, o que favorece para um aprendizado ainda maior.
Acrescentando que atualmente o docente conta com novas funções, ele disse que o professor deve entender a relação da escola com a comunidade, além de repensar o papel da profissão nos processos de construção de uma sociedade mais diversa, justa e equitativa. “O professor deve trabalhar com a sua comunidade, seus colegas e gerar conhecimento pedagógico, porque não existem soluções velhas para novos problemas. Precisamos criar espaços de aprendizagem e trabalhar em equipe, pois a nossa função é criar seres críticos e solidários”, disse.
COMBATE À BARBÁRIE – “Vivemos diversas formas de barbárie no País e nós, da educação, não podemos ficar calados e não produzir algo para colaborar. Nós da educação devemos participar desse movimento”, disse o professor emérito da Universidade de Paris e voluntário da Universidade Federal de Sergipe, o professor doutor Bernard Charlot, durante palestra no dia 17.
Doutor em Educação, Charlot comentou que atualmente é preciso reabrir o debate da antropologia na educação e colocar o lado humano nas ações pedagógicas, como uma forma de tratar a barbárie contagiosa que toma conta do País na atualidade. Segundo o pesquisador, a sociedade está vivendo uma era de autoridade e hierarquia forte, que contrapõem a nova pedagogia que é antiautoritária. Ele ainda ressaltou que as tecnologias digitais são extremamente importantes para o desenvolvimento do aluno, mas que ela deve ser utilizada de forma criativa.
“Por meio da educação nós podemos chegar em um mundo possível”, destacou o pesquisador Evandro Ghedin, doutor em Filosofia e pós-doutor em Didática, durante a palestra “Educação e democracia como utopia da condição humana”, no dia 18. Ele comentou que o ser humano é a imagem que ele produz de si próprio, o que faz com que o pensamento seja só uma imaginação. Segundo ele, sem imaginação não é possível pensar no ideal de um mundo possível, e a educação é um caminho para que isso aconteça.
A Mostra de Pesquisa em Educação é promovida pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação da UNISANTOS.
