Subchefe do Escritório de Representação do Itamaraty em São Paulo (ERESP) e idealizadora do Projeto Modelo das Nações Unidas no Ensino Médio (MONUEM), a embaixadora Irene Vida Gala ministrou palestra, no último dia 4, para alunos da Escola Estadual Doutor Antônio Ablas Filho e estudantes de outras 37 escolas públicas e particulares da Região Metropolitana da Baixada Santista, com as quais a UNISANTOS mantém convênio por meio do Programa de Educação Científica.
A palestra teve como objetivo apresentar um pouco da dinâmica de atuação da embaixadora para os estudantes que estão participando do Modelo das Nações Unidas (MONU) e participarão da Simulação da Assembleia da ONU nas próximas semanas. Na Escola Estadual Doutor Antônio Ablas Filho, em Santos, o projeto é fruto de uma parceria inédita entre a UNISANTOS, o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) e a Diretoria de Ensino Região Santos. Para a embaixadora, esse projeto representa uma grande oportunidade para os estudantes.
“Por meio de sua dinâmica e da didática, os alunos e alunas são induzidos a adentrar o ambiente internacional, seja por adotarem o papel de representantes de países que muitas vezes nem conheciam, seja por se engajarem em discussões sobre as quais não tinham nenhuma ideia. A parceria com a UNISANTOS nos permite levar essa experiência do projeto MONUEM-ERESP a alunos da cidade de Santos, cuja vocação internacional é notória e inequívoca. A extroversão decorrente da atividade econômica associada ao porto, faz de Santos uma cidade que necessita de profissionais capazes de compreender os fenômenos internacionais. Portanto, a importância é evidente, e o ERESP espera poder continuar trabalhando com a Direção de Educação da Regional de Santos e com a UNISANTOS para a manutenção e expansão desse projeto”, salientou.
Na UNISANTOS, estudantes das escolas conveniadas participam do Modelo das Nações Unidas (MONU) por meio do Programa de Educação Científica da UNISANTOS. No último, realizado em junho, o diálogo foi sobre a “Guerra da Síria”.
ATUAÇÃO – Com a vivência de 36 anos de carreira e a experiência de ter morado em oito diferentes países representando o Brasil, a embaixadora falou sobre a atuação do diplomata em diferentes áreas, como economia, meio ambiente, política e assuntos diversos de interesse da nação e/ou de seu povo. Irene também destacou a importância de estar atento as problemáticas globais e salientou que a experiência do modelo de simulação de assembleia da ONU é uma oportunidade única para que os jovens tenham percepção do mundo atual. “Precisamos chegar o mais perto possível da realidade do mundo. Esse programa visa levar à escola pública a possibilidade de chegar mais perto dessa realidade do mundo”, explicou.
Durante o encontro, a embaixadora também esclareceu diversas dúvidas dos jovens estudantes. Com relação à área de atuação, destacou a importância de estudar temas novos, onde há menos pessoas com qualificação, independente do interesse no setor privado, público ou do terceiro setor. Sobre conciliar a carreira diplomática com a pesquisa, revelou que é fundamental que cada pessoa tente seu caminho, mas deixou sua opinião. “Minha sugestão é usar o máximo de energia no que é mais difícil”, definiu.
ABLAS – Entusiasta do Modelo das Nações Unidas (MONU) envolvendo estudantes do ensino médio e universitários, que atuam como monitores voluntários, a embaixadora destacou que a primeira edição do evento realizado na Escola Estadual Doutor Antônio Ablas Filho, em dezembro de 2019, apresentou excelente nível. Na oportunidade, a simulação discutiu ‘A Crise na Venezuela’. “Em 2019, os alunos da escola Ablas mostraram grande empenho em realizar um ótimo trabalho – o que conseguiram. Foi muito bom – e acima da média, na verdade. Portanto, a expectativa gira em torno da manutenção desse nível de qualidade“, comentou.
Também participaram do evento os professores doutores Daniel Rei Coronato e Natália Noschese Fingermann, e a professora mestre Melissa Mendes Caputo Vicente, que atuam no projeto do MONU, e os professores pesquisadores do Comitê Institucional de Iniciação Científica (COIC), doutor Mauricio Marques Pinto da Silva, e mestre Marco Antonio Cismeiro Bumba. Além deles, também participou a professora Stephanie Bispo, da Escola Estadual Doutor Antônio Ablas Filho.