Docente e pesquisadora do curso de Relações Internacionais da UNISANTOS, a professora doutora Natália Noschese Fingermann mediará duas sessões no evento internacional “Focus on Africa 2020”, que será realizado, entre os dias 26 e 28 de outubro, de forma totalmente on-line. O objetivo é debater as possibilidades de cooperação entre o Brasil e a África, aprofundando a discussão em aspectos econômicos dos países africanos.
O evento, organizado pelo Standard BANK Brasil, um dos maiores bancos da África em ativos e receita, contará com a participação de profissionais e autoridades de diferentes países, dentre os quais, o vice-presidente do Brasil, general Antônio Hamilton Martins Mourão, e a ministra da agricultura, pecuária e abastecimento do Brasil, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias.
CONVITE – Doutora em Administração Pública e Governo, Natália já morou em Moçambique e visitou o continente algumas vezes para o desenvolvimento de pesquisas. Ela tem se dedicado em estudos sobre os países africanos, tendo diversas publicações sobre o tema, desde 2014, o que motivou o convite. Para ela, a discussão sobre a relação do Brasil com a África é extremamente importante no cenário atual.
“Temos tido um afastamento político do Brasil com a África, sendo que muitas empresas brasileiras já tinham uma relação que poderia trazer muitos ganhos econômicos. O evento é importante por trazer lideranças do governo para falar, construir essa ponte novamente, porque é importante a participação do governo brasileiro para fazer essa ponte junto aos pequeno e médios empresários brasileiros. Além de desmistificar algumas visões, pois recebemos uma mídia muito negativa. A África é tratada como um todo, sem considerar sua diversidade e as riquezas de cada um dos países”, explica.
SESSÕES – Natália mediará as sessões “Nigeria: From agriculture to technology, how to do business with one of the most vibrant economies in Sub-Saharan Africa” e “Angola & Mozambique: two changing economies ready for rediscovery”, ambas no dia 27.
Na mesa sobre a Nigéria, a professora destaca que serão apresentados potenciais setores de investimento. “A Nigéria vai além do setor de petróleo e gás, pela qual é mais conhecida. Há as áreas de telecomunicações, transporte e construção civil que têm crescido muito, além do desenvolvimento agrário”, destaca.
Já na outra sessão, a pesquisadora explica que Angola tem vivido situação semelhante a Nigéria, além de ter passado por uma mudança recente no governo, que foi comandado por mais de 30 anos pela família Santos. “João Lourenço (novo presidente) tem feito algumas reformas importantes e buscado diversificar os investimentos por meio de um programa de privatização ao qual grandes empresas brasileiras poderiam participar”, comenta. No caso de Moçambique, a pesquisadora destaca o desenvolvimento agrário, salientando que há abundância de terras aráveis e a proximidade geográfica com um dos principais compradores do Brasil, que é a China. Além disso, o setor de gás e petróleo tem crescido no país.
CURRÍCULO – Professora e pesquisadora do bacharelado em Relações Internacionais da Universidade Católica de Santos (UNISANTOS), a docente é uma das coordenadoras do projeto Modelo das Nações Unidas (Monu), vinculado ao Laboratório do Curso de Relações Internacionais (LARI) e o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (Ipeci). Possui ampla experiência na área de Relações Internacionais e Administração Pública, atuando como consultora em instituições nacionais e internacionais.
