Explorar a criatividade para promover intervenções artísticas nas instalações do campus Boqueirão. Esse foi o desafio proposto para os estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNISANTOS. Divididos em 17 grupos, os futuros arquitetos ocuparam recantos e espaços com intervenções espaciais tridimensionais e ousaram em suas criações em áreas internas e externas.
Os trabalhos foram instalados, no dia 30 de novembro, sob a orientação dos docentes responsáveis pelas disciplinas de Plástica, a professora mestre Christiane Costa Ferreira Macedo, e os professores Marcos Assis Piffer e Paulo Fernando Von Poser. De acordo com a docente, as intervenções promovem integração e impactam em toda comunidade acadêmica, pois alteram o ambiente universitário como um todo. Ela também explicou que o projeto visa fazer com que os estudantes projetem suas intervenções e executem com os recursos próprios. “O principal é isso: executar alguma coisa que saia do papel”, comentou.
INTERVENÇÕES – As estudantes Yasmin Ferreira de Souza, Isadora Santos Garcia da Silva e Cecília de Oliveira Pinheiro espalharam mais de 400 envelopes coloridos por uma das escadarias do prédio que abriga o curso de Arquitetura. Quem quisesse, podia deixar mensagens endereçadas a alguém. Isadora conta que o objetivo era uma intervenção que aproximasse as pessoas. “O que temos de mais importante aqui é a união”, defende. O lugar de passagem foi pensado estrategicamente, assim como a disposição dos envelopes de acordo com a harmonia de cores.
O grupo de Giovanna Souza Castella, Rafaela Moraes Weishaupt Pereira, Verônica Maestre de Aguiar Ferreira e Lidiane Maria Silva idealizou a projeção de sombras na praça do Campus Boqueirão. A ideia foi resultado de um tema recorrente discutido na Universidade, que é a inutilização de espaços públicos pela Cidade. Rafaela explicou que o grupo quis trazer a questão para o ambiente universitário, chamando a atenção para o espaço que poderia ser mais utilizado para a integração do Campus. Segundo a estudante, as sombras feitas em adesivo e os objetos eram para dar ideia de movimento, de uma ocupação da praça.
O projeto das alunas Bruna Teixeira, Giovanna Maltez e Larissa Andrade Godoi Moreira, executado com base em caixas de papelão, teve como foco a parte social. A estudante Larissa Moreira explicou que cada caixa utilizada no projeto representa um lar, uma moradia onde estão famílias, histórias e lembranças. O aglomerado delas é a leitura da favelização. Os ensinamentos adquiridos pelo grupo em outras disciplinas também ajudaram na montagem. “Os estudos de módulos que aprendemos na midiateca ajudaram muito na hora de elaborar essa intervenção”, finalizou.