CINEMA – Fundadora e diretora executiva do Instituo Querô, parceiro da UNISANTOS, fala sobre a carreira promissora no audiovisual

Coordenadora do Instituto Querô, Tammy Weiss, e Débora Ivanov durante o diálogo com os estudantes

“Os jovens do Querô e do curso de Cinema da UNISANTOS têm uma carreira promissora pela frente”, afirmou Débora Regina Ivanov Gomes, diretora do Sindicato da Indústria do Audiovisual de São Paulo, ex-diretora da Agência Nacional do Cinema (ANCINE), fundadora e diretora executiva do Instituto Querô. A cineasta, que já produziu mais de 60 obras audiovisuais, entre curtas, médias e longas-metragens, esteve na UNISANTOS, no último dia 20, para um encontro com os estudantes.

 

Após a exibição do filme Querô, de 2007, Débora Ivanov contou um pouco sobre o seu trabalho de direção e o início dessa produção em Santos que culminou na fundação do Instituto Querô, que oferece formação gratuita na área do audiovisual para jovens das regiões periféricas da Baixada Santista. “Estou muito feliz de estar aqui. Gosto de conhecer as novas turmas e contar como tudo começou. Também fiquei muito feliz com a volta da parceria com a UNISANTOS. É uma união de esforços”, comentou.

 

“As políticas públicas estão mais intensas. Há mais recursos para a produção”, disse Débora Ivanov

MERCADO – Sócia da produtora Gullane Filmes, Débora Ivanov disse que o audiovisual tem chamado muito a atenção dos jovens e as redes sociais têm demandado muita produção, pois é um mercado gigantesco. Somado a esse panorama, ela destacou que Santos é um polo do cinema. “É a única no País que tem o selo da Unesco de Cidade Criativa em cinema, lembrou a cineasta, exemplificando o movimento cultural na área, como o próprio Instituto Querô, o Santos Film Fest e o Curta Santos.  A Santos Film Commission, criada pela Prefeitura de Santos, em 2005, para dar suporte técnico e logístico à indústria cinematográfica, também foi citada como iniciativas que fomentam o audiovisual.

 

POLÍTICAS PÚBLICAS – Em relação às políticas públicas, Débora Ivanov disse que nos últimos 30 anos, elas foram sendo construídas passo a passo, e contribuíram para um salto de dois longas-metragens produzidos por ano, no período em que o governo Collor extinguiu o Ministério da Cultura e os incentivos, para 200 produções atualmente. “Mesmo com a retração antes da pandemia, com a crise econômica e a crise política, agora a gente sente que está aquecendo novamente, não só no Brasil, mas no mundo. O mercado está promissor. As políticas públicas estão mais intensas. Há mais recursos para a produção. Temos visto um crescimento fora do eixo Rio-São Paulo, o que é muito positivo”, explicou.

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