Debater as dificuldades e necessidades do planejamento para o combate do lixo no mar, sob o olhar de diferentes esferas. Esse foi o objetivo do workshop de prevenção e controle do lixo do mar, que ocorreu, no dia 19 de outubro, durante a XI Semana de Ciência, Tecnologia e Inovação. Participaram do debate o professor doutor Ronaldo Torres, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Maria Fernanda Romanelli, da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, e Nelson Portéro, do Comitê da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista – CBH-BS.
O programa de combate ao lixo no mar faz parte do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que foi lançado em 2020. Segundo Torres, essa política nacional vem sendo trabalhada há pouco mais de 11 anos, mas ainda tem muita coisa a ser feita. Ele explica que vêm sendo realizados trabalhos para a retirada de lixo dos mangues, mas a ação não é efetiva. “Não adianta só recolher toda essa sujeira, é preciso reeducar a população sobre o descarte irregular. Quando vamos parar de empurrar o lixo para debaixo do tapete?, questiona.
“O Plano Estratégico de Monitoramento e Avaliação do Lixo no Mar é uma estratégia para integrar e estruturar o diagnóstico do lixo no mar. Uma estratégia que contou com diferentes instituições que já atuavam na questão de resíduos sólidos”, disse Maria Fernanda Romanelli, secretária de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Ela conta que com o trabalho foi possível identificar diversas iniciativas que já são feitas e através de mutirões de limpeza e pesquisas acadêmicas foi possível um maior levantamento de dados.
Contando sobre a trajetória do projeto, Maria Fernanda explicou que os indicadores são lentes utilizadas para observar aspectos diferentes na questão do lixo no mar. Toda essa elaboração do Plano Estratégico de Monitoramento foi coordenada por meio de um convênio que a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente estabeleceu com o Instituto Oceanográfico da USP e também contou com a participação da Cetesb. “Estamos todos juntos no mesmo barco. A ideia é somar esforços e remar de forma coordenada para chegarmos mais longe”, ressaltou.
Ao fim do encontro, Nelson Portéro, vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista – CBH-BS, falou sobre as políticas e ações em curso na Bacia Hidrográfica da Baixada Santista, destacando a importância da água e seu valor econômico para a sociedade.