Em lugar de um guerrilheiro, o arquiteto de uma teoria social e econômica para servir de guia às transformações ocorridas em Cuba a partir dos anos 60. Assim é mostrado Ernesto Che Guevara na pesquisa desenvolvida sobre o seu pensamento e a forma como concebeu a transição comunista capaz de propiciar geração de um novo cidadão.
O estudo resultou no livro Che Guevara e a construção do homem novo na revolução cubana, de autoria do professor Newton Ferreira da Silva, Mestre em Ciências Sociais, e bacharel em Ciências Econômicas. Segundo ele, sua investigação busca estabelecer a relação entre a formação da consciência do homem e a sua atividade produtiva material.
“Dentre os temas preferidos por Che, a questão da consciência ocupa lugar central. Para ele, uma verdadeira revolução socialista deveria sempre redundas em não apenas desenvolvimento tecnológico-econômico que beneficiasse material e igualitariamente a todos, mas, antes, deveria propiciar o advento de homens e mulheres conscientes, livres de alienação e do estranhamento tão típicos da sociedade do capital e da sociabilidade fundada na propriedade privada”, explicou. Assim, Che considerava muito importante o surgimento de um homem novo, proveniente de uma nova sociedade, de uma nova civilização, assegurou Silva.