RELATÓRIO – Pesquisadores participam de estudo sobre saúde reprodutiva e a nocividade dos agrotóxicos

Lourdes Martins ladeada por Ricardo Enohi e Michele Pinheiro

Coordenadora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde Coletiva da UNISANTOS, a professora doutora Lourdes Conceição Martins apresentou, no último dia 13, na instituição, o relatório “Saúde Reprodutiva e a Nocividade dos Agrotóxicos” e o almanaque “As mulheres semeiam a vida – os agrotóxicos destroem a saúde reprodutiva humana e o ambiente”. Ela integrou o grupo de 43 pesquisadores que contribuíram com o trabalho elaborado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), com apoio do Centro de Direitos Reprodutivos (CDR), organização global de direitos humanos para garantir o direito reprodutivo das mulheres.

 

O relatório possui 6 capítulos que abordam desde a produção científica até marcos legais que estão nos textos complementares. O que seria o 7º capítulo foi transformado no almanaque. A professora Lourdes Martins, que integra o Grupo Temático Saúde e Ambiente da ABRASCO, coordenou o capítulo 4 – “Informação intersetorial sobre Exposição aos Agrotóxicos e Danos à Saúde Reprodutiva”, que contou com a participação da doutoranda em Saúde Coletiva, Michele Darque Pinheiro, e do egresso do doutorado, Ricardo Toshio Enohi. Eles também participaram na produção do capítulo 1 – “Produção Científica Brasileira sobre Saúde Reprodutiva no Contexto de Exposição aos Agrotóxicos”.

 

Capa do relatório

LANÇAMENTO – O relatório e o almanaque foram lançados, no dia 29 de maio, em um evento na Escola Nacional de Saúde Pública “Sérgio Arouca”, no Campus Manguinhos da Fiocruz, no Rio de Janeiro.  A professora Lourdes Martins representou a UNISANTOS no evento que contou a participação da presidente da ABRASCO, Rosana Onocko Campos; de representantes da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, do Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos; do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (DSAST)/MS;  e do Centro de Direitos Reprodutivos de Bogotá (CDR).

 

PARCERIA – Conforme registrado no relatório, as produções surgiram após o CDR, no final de 2022, procurar a ABRASCO para uma parceria voltada a analisar a saúde reprodutiva em contexto de exposição aos agrotóxicos no Brasil. A ideia surgiu, com o objetivo de discutir o assunto em toda a América Latina, após estudo realizado na Colômbia, sobre os efeitos na saúde reprodutiva decorrentes da pulverização área do herbicida glifosato, que foi utilizado em ação militar sobre as áreas rurais do país.

 

Os trabalhos iniciaram em 2023 e foram coordenados pela professora doutora Lia Giraldo da Silva Augusto, pioneira nos estudos sobre contaminação por benzeno.

 

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