Dando início às comemorações dos 50 anos do curso de Relações Públicas, o fenômeno da desinformação, que vem afetando ainda mais a população durante a pandemia, foi o tema do webinar “Fake News em Tempos de Pandemia da Covid-19”, realizado no dia 4 de junho.
Para debater sobre este fenômeno, o webinar contou com a participação da egressa do curso de Relações Públicas, a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e doutora em Comunicação Audiovisual e Revolução Tecnológica pela Universidade de Salamanca, Claudia Pereira Galhardi; do coordenador do Centro de Ciências da Educação e Comunicação, o professor mestre Paulo Roberto Bornsen Vibiam; e da docente do curso de Relações Públicas, a professora mestre Isys Helfenstein Remião.
EU FISCALIZO – Agradecendo a oportunidade de participar das comemorações pelos 50 anos do curso, a pesquisadora Claudia Galhardi comentou sobre as informações falsas detectadas, durante a pandemia, pelo seu aplicativo “Eu Fiscalizo”. A plataforma que foi desenvolvida pela egressa é para que usuários avaliem conteúdos veiculados nos meios de comunicação e entretenimento com o proposito de evitar a propagação de Fake News.
Segundo a relações-públicas, com a chegada da pandemia o número de Fake News aumentou ainda mais. Ela apresentou dados de uma pesquisa realizada pela FioCruz de que boa parte dessas notícias falsas são a respeito de métodos caseiros para cura da Covid-19 e de que o vírus se trata de uma questão política. A convidada ainda ressaltou que uma das formas para evitar a desinformação é democratizando a informação científica. “A educação midiática é importante e nós precisamos produzir conteúdo de convencimento. Além disso, a produção científica precisa chegar à sociedade”.
De acordo com o professor Paulo Bornsen, a temática debatida é uma das mais importantes da atualidade. Na visão do docente, para que o problema das Fake News seja combatido, o diálogo entre as áreas de comunicação e educação deve aumentar cada vez mais. “A aproximação entre essas duas áreas é importantíssima. Se isso não acontecer, esse problema ficará cada vez maior”, disse.
Acreditando que uma parceria entre a comunicação e a educação pode ajudar no debate das Fake News, a docente Isys Remião comentou que o trabalho realizado nessa área tem sido positivo. Desenvolvendo pesquisas sobre o tema dentro do Programa de Educação Científica e Tecnológica da UNISANTOS, a mestre em Comunicação disse que espera que essa crise proporcione ainda mais o debate entre a tecnologia e a mídia.
