Com a meta de atingir 224 mil habitantes, o que corresponde a 52% dos munícipes, a Prefeitura Municipal de Santos colocou à disposição de toda a população a vacina contra a gripe, que protege contra o vírus Influenza A (H1N1 e H3N2) e Influenza B. Para se vacinar, basta comparecer a uma policlínica da Cidade até o dia 31 de maio.
A primeira meta visava atingir 131 mil pessoas, mas até a semana passada, apenas 97 mil foram imunizadas. Coordenadora do curso de Farmácia da UNISANTOS, a professora doutora Marlene Rosimar da Silva Vieira explica que a baixa procura tem um ponto-chave: A falta de conhecimento acerca do assunto. Como exemplo, ela cita o boato de que a vacina tríplice causava autismo, o que já foi cientificamente provado que não é verdade.
Doutora em Saúde Coletiva, ela diz que a baixa adesão na campanha acontece porque, em geral, a população se preocupa pouco com a gripe. Entretanto, ela é problemática para quem se encaixa no grupo de risco, como gestantes, puérperas, crianças até 5 anos de idade, indígenas e adultos com mais de 60 anos. “Uma pessoa saudável pode passar o vírus para uma mais idosa. O doente pode ter complicações decorrentes da gripe e até ser levado a óbito, em casos mais graves”, ressalta.
CAMPANHA – A campanha nacional também tem como foco profissionais de saúde, segurança, salvamento e professores. Aliás, a professora Marlene faz um alerta ao público docente, pois em um ambiente fechado com muitos alunos existe um risco maior de contrair e transmitir a doença. A solução é lavar as mãos com frequência e possibilitar que haja circulação de ar. Manter-se hidratado e uma boa alimentação ajudam também.
Marlene confirma que a vacina pode ter alguns efeitos colaterais como dor no braço ou febre nas primeiras 24 horas.” Na hora que você toma a vacina, você recebe um vírus inativado e o corpo vai desenvolver uma resposta contra ele e vai te defender quando você tiver contato com o vírus real”, esclarece.
O objetivo da campanha é proteger a população contra aquele tipo mais grave, que pode levar ao hospital ou mesmo causar uma pneumonia. “A gripe mata muita gente pelas complicações que decorrem dela”, finaliza.