Artigo
Intercâmbio para
todos
Gilberto Rodrigues
O sonho de realizar um
intercâmbio internacional universitário está cada vez mais próximo de
ser concretizado. Depois de mudar radicalmente a vida de empresas e
governos, a globalização está alterando o dia-a-dia da educação, a
partir de um vigoroso movimento de internacionalização das
universidades.
Estudar e viver em outro país
é uma experiência pessoal única; agrega um valor permanente, que se
mantém para toda a vida. Nisso, não há nada de novo. A diferença, hoje,
é que o mercado de trabalho, em qualquer setor ou segmento – privado,
público – avalia os profissionais pela sua trajetória internacional. Tal
valorização se aplica aos jovens recém-formados e aos “seniors”. O
desafio da viagem, a riqueza de aprender um novo idioma, a emoção de
desvendar uma cultura diferente, as dificuldades cotidianas enfrentadas
longe do País e da família, todos esses fatores contribuem para a
ampliação de nossa capacidade de entender as pessoas e o mundo, além,
claro, da aquisição dos conhecimentos humanos, técnicos e científicos
adquiridos em outro ambiente universitário; do ponto vista pessoal, traz
maturidade, foco, sensibilidade e senso crítico.
Naturalmente, o grau e o
conteúdo de uma experiência internacional variam de pessoa a pessoa. Mas
posso afirmar, amparado em minha experiência pessoal, que todo o
intercambista retorna ao seu país com nova bagagem de ideias, amigos e
sonhos.
Tomando a sério essa
realidade, muitas universidades brasileiras estão cada vez mais atuando
no campo internacional. O que isso significa? Facilitar a ida de seus
estudantes para o exterior e receber estudantes estrangeiros; realizar
pesquisas e cursos em parceria; estimular o intercâmbio entre
professores e pesquisadores. Há mais de uma década, a UniSantos vem
atuando na área internacional e recentemente criou o Setor de Relações
Internacionais (SRI) para melhor planejar e organizar essa atividade
essencial da vida universitária. Já existem acordos com Portugal,
Espanha, Suécia etc.; novos convênios com universidades da Argentina,
Alemanha e Canadá estão em negociação.
É curioso pensar que as
universidades medievais – católicas em sua maioria – foram as
precursoras das relações internacionais entre docentes e alunos. Naquele
período, o movimento era para poucos; hoje, o intercâmbio é para todos.
Mais informações sobre
convênios internacionais na UniSantos pelo telefone 3228-1241.
Gilberto M. A.
Rodrigues é professor dos Cursos de Graduação em Direito e Relações
Internacionais e do Mestrado em Direito, editor da Revista Leopoldianum
e coordenador do Setor de Relações Internacionais (SRI). É doutor pela
PUC-SP, mestre pela Universidade para a Paz (Costa Rica) e especialista
pela Universidade de Uppsala (Suécia). Foi pesquisador visitante (Fulbright)
na Universidade de Notre Dame (EUA) |
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