Aluno de Farmácia realiza pesquisa inédita no Brasil
Por meio do
Programa de Iniciação Científica da Católica
UNISANTOS, o aluno Daniel Maia Silveira, do
4º semestre do curso de Farmácia, realiza estudo inédito no
Brasil sobre a utilização da planta
popularmente chamada de “falsa arnica”,
encontrada nas comunidades próximas à Mata
Atlântica e conhecida pela sua ação
cicatrizante.
Com apoio do
Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq), USP, UNISANTOS
e Hexalab Consultoria em Análises
Clínicas, o objetivo da pesquisa, iniciada
em agosto, é analisar a planta
cientificamente e orientar a comunidade. O
prazo é de doze meses para apresentar os
primeiros resultados, como a identificação
botânica, o princípio ativo, quantificar,
aplicar os testes e realizar a análise
estatística para saber se a planta possui o
efeito de cicatrização.
O trabalho já dá
bons frutos. O estudo preliminar intitulado
"Levantamento do uso de plantas medicinais
em comunidade inserida no Parque Estadual
Xixová-Japuí" foi aceito e será apresentado
no XVIII Congresso da Sociedade Botânica de
São Paulo, que acontece entre 30 de outubro
e 2 de novembro.
O estudo é
desenvolvido utilizando a estrutura
laboratorial do Instituto de Pesquisas
Científicas (Ipeci) e inclui levantamento
bibliográfico, acompanhamento e coleta da
planta cultivada no herbário da Universidade,
além da análise da constituição química do
material.
Segundo o
orientador do projeto, professor doutor
Cléber Ferrão Correa, é comum a utilização da
planta pela população. “As pessoas cultivam
a planta, fazem o macerado e usam no corpo
quando tem algum machucado ou hematoma. É
uma planta muito usada, mas não temos
informação científica sobre ela”.
Daniel é formado
pela Católica no curso de Engenharia
Elétrica e possui experiência com projetos
de pesquisa, mas não esconde a empolgação
com mais essa oportunidade na área
acadêmica. “Quando entrei na área de
Farmácia, procurei um curso que me levasse
para a pesquisa, daí encontrei aqui na
UNISANTOS esse ambiente propício para
trabalhar com a pesquisa científica. Fazer a
Iniciação Científica abre muitas portas,
agrega muito na minha carreira, pois minha
ideia é fazer pós-graduação, mestrado e
doutorado”. |