Ano 3 - Nº 065 - 13 de abril de 2010
Alunas da UNISANTOS constatam o direito de portadores de Down receberem a vacina H1N1

Investigar a incidência de infecções respiratórias em crianças de até 5 anos de idade com Síndrome de Down. Foi por conta desta pesquisa para o Trabalho de Conclusão de Curso, ainda em desenvolvimento, que três alunas do 9° semestre do curso de  Farmácia constataram que este grupo não está classificado pelo Governo Federal no calendário de vacinação contra o vírus Influenza H1N1. Diante disso, entraram em contato com o Departamento Regional de Saúde (DRS-4), que reforçou a necessidade do grupo estar entre os portadores de doenças crônicas. 

As alunas Isabelle de Vita Silva, Karen Pereira Conceição, Iana Souza Gutierrez detectaram que o portador de Down, por apresentar uma alta deficiência na imunidade, deveria estar escalado no período entre 22 de março e 25 de abril, quando recebem a vacina pessoas com problemas crônicos como obesidade, diabetes, cardiopatias. “Eles classificam quase todos os tipos de imunodeficiência, mas em nenhum momento citam o Down na lista”, conta Iana.

Um caso no Guarujá, encontrado pelas estudantes, de uma mãe que levou o filho para se vacinar e a enfermeira não aplicou a vacina dizendo que ela não estava em mãos com o laudo médico que confirmasse a deficiência, indignou as alunas. “O Down tem características próprias. Não seria necessário laudo médico”, desabafa Iana, que é irmã de um garoto de 5 anos, portador da deficiência.

Para orientar as famílias e incentivar a vacinação, as alunas, sob orientação da coordenação do curso, decidiu realizar uma palestra na APAE de Santos no final de março. Daí, puderam observar que até aquele momento apenas duas, das 20 mães que participaram, tinham vacinado seus filhos. “Elas alegaram que tinham medo da vacina, por conta dos boatos gerados através da Internet, quanto a presença de metais em sua composição”, explica Isabelle.

A vacina aplicada em portadores de doenças crônicas é diferenciada. Segundo as futuras profissionais, para esta composição não são administrados os adjuvantes, que poderiam acentuar as reações adversas. “As famílias precisam saber que para o portador de Down o risco de se contrair a gripe H1N1 é ainda maior, visto que apresentam uma deficiência na imunidade. Por isso a importância de se vacinar”, conclui Karen.


Alunas do 9º semestre preparam TCC sobre o tema

 

 

 

 

 

 

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